Doenças cardíacas são reveladas por sangue da menstruação

Estudo brasileiro inédito quer substituir a invasiva biópsia do coração por uma análise das células menstruais


Sangue da menstruação oferece mapa da saúde cardíaca das mulheres
Um estudo inédito conduzido por pesquisadores brasileiros pretende substituir a invasiva biópsia de coração por uma análise clínica simples do sangue da menstruação.
Isso porque, uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional do Coração, ligado ao Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, concluiu que os testes feitos com as células menstruais são capazes de revelar doenças cardíacas femininas, os tipos de problemas que mais matam a mulher em idade fértil (entre 10 e 45 anos).
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Segundo as informações publicadas no site oficial do governo federal, os médicos conseguiram transformar as células existentes no sangue da menstruação em células embrionárias, um verdadeiro mapa da saúde cardíaca feminina.
A análise, caso aplicada em larga escala em pacientes já com sinais de alterações cardiovasculares, evitaria que as mulheres fossem submetidas à biópsia, procedimento que consiste em retirar um pedaço do coração para fazer este mesmo monitoramento.
"Nós atestamos uma possibilidade grande de criar um método não invasivo para poder reprogramar células de pacientes atendidas no Instituto Nacional de Cardiologia e que têm problemas de arritmia (quando o coração bate fora de ritmo)”, afirmou à rádio saúde do Ministério, o coordenador do Instituto Nacional do Coração, Carlos Campos de Carvalho.
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“Com este material, podemos estudar as propriedades elétricas para saber quais são as alterações que elas têm e que geram as arritmias. Isso permite também testar novas drogas para ver se alguns medicamentos podem ser mais eficazes para corrigir os problemas elétricos destas células.”
Coração frágil
De acordo com Carvalho, o útero tem uma renovação celular muito intensa e, por isso, o sangue menstrual possui células que podem ser reprogramadas. A importância deste controle mais preciso dos batimentos cardíacos femininos é reforçada com os números que revelam a fragilidade do coração feminino.
Nelas, já mostrou um estudo feito pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, os infartos são duas vezes mais fulminantes do que nos homens e um dos motivos é que as mulheres postergam mais a procura do médico para tratar os primeiros sinais de problemas cardiovasculares, como dores no peito (confundida com angústia), cansaço e até rouquidão.

Além disso, problemas como arritmias, informa a Sociedade Brasileira de Arritmia Cardíaca, é uma das principais causas de acidente vascular cerebral (AVC) e na população feminina ele está presente cada vez mais cedo, já que um levantamento feito pelo Delas mostrou que antes dos 40 anos, os casos aumentaram 5% em um ano.

Entre as mulheres também, uma condição de saúde denominada pela literatura especializada de síndrome do coração partido – incentivado por causas emocionais – é sete vezes mais freqüente do que no público masculino.
Outro problema, já alertaram os cardiologistas, é que os próprios médicos conhecem pouco o coração feminino, que tem anatomia diferente, é influenciado pelos hormônios e também pouco estudado pelos ensaios clínicos.

Sem medo da tesoura: cabelos curtos para o verão

Cortes na altura do ombro são tendência para a temporada. Veja como escolher o seu

O cabelo curto está em alta com a chegada do verão. Como a temporada pede cortes mais frescos e práticos para o dia a dia, esse é o momento para perder o medo das tesouras e encarar um visual cheio de atitude. “É super sexy. Todo mundo pode ter um look assim”, opina Mari Nicácio, hair stylist do Homa Elite Salon, em São Paulo.


Deborah Secco é eleita a mulher mais sexy do mundo pela revista VIP
Foi justamente após assumir os fios acima do ombro que Deborah Secco conquistou o titulo de mulher mais sexy do mundo, segundo uma votação da revista VIP. A atriz adotou o cabelo escuro e curtinho depois de livrar-se dos cachos longos e loiros da personagem Natalie Lamour na novela “Insensato Coração”.

Além das atrizes Camila Pitanga e Julia Lemmertz, que já lideraram o ranking dos looks mais populares entre os telespectadores da Rede Globo, Milena Toscano, Giovanna Antonelli a cantora Sandy também estão na lista dos cabelos curtos mais desejados da temporada. “As pessoas admiram o visual com movimento das celebridades. É possível dar volume na raiz secando para o alto e amassando com as mãos. Ela vai gastar cinco minutos para se arrumar para depois ficar o dia todo com essa aparência”, explica Mari.

A hora de mudar

Antes de decidir pelo cabelo curto, Mari aconselha uma conversa longa com o profissional para chegar ao objetivo sem insatisfação. “É bom escolher o cabeleireiro seguindo a indicação de alguém que já cortou e procurar referências. Ela tem que saber se realmente está disposta a ter fios curtos”. É preciso lembrar que a manutenção do corte é frequente e, dependendo do formato escolhido, o retorno ao salão pode acontecer em menos de um mês.
E se bater arrependimento, uma nova ida ao salão pode ajudar. “Já tive cliente que se encontrou no corte depois que eu ajeitei de uma forma diferente”, explica Mari. Produtos como pomada, spray e leave-in ajudam a modelar os fios. Outra opção para variar o visual são os acessórios: flores, tiaras, presilhas, lenços e até chapéus.
Adequar o tipo do cabelo e o formato do rosto ao look desejado também é importante antes de encarar as tesouras. O cabelo liso, por exemplo, tem mais opções de formas: repicado, degrade e desconectado. “O ondulado precisa respeitar e valorizar o movimento natural para criar um efeito despojado”, explica a hair stylist Cris Dios, do Laces and Hair, em São Paulo. Já o cabelo crespo também deve manter a forma original. “Tem volume demais. Pode ser cortado com tesoura ou navalha, sempre valorizando o movimento”, conta a profissional.

Cortes para cada tipo de cabelo
LISO
Respeitando a quantidade de cabelo e o formato do rosto, o corte chanel é o mais indicado. Se a bochecha for aparente, o ideal é deixar o corte invadindo as maçãs ou o queixo. Se o rosto tiver o formato afinado, deixe-o livre. O grande segredo é secar os fios dando volume na raiz, sem esticar. Protetor térmico ou spray podem ajudar no resultado. Para evitar raízes oleosas, os produtos devem ser aplicados apenas nas pontas.
ONDULADO
Abuse do chanel diferenciado. Ele pode ser curto ou longo, com um lado maior que o outro ou com as pontas mais compridas. O toque final é dado com mousse ou creme sem enxágue aplicado nos fios ainda molhados. Para um look como o de Camila Pitanga é preciso amassar os cabelos em um movimento na vertical, para dar volume. O difusor também ajuda a dar forma.
CRESPO
O cabelo bem cacheado pede um corte mais arredondado, próximo ao queixo. O degradê não deve ser muito acentuado, o ideal é não saber onde começa ou termina cada camada. Para arrumar no dia a dia, cremes para pentear ou antifrizz modelam os cachos, que podem ser definidos também com a ajuda de um difusor. 

Pesquisadores ingleses identificam "interruptor da fertilidade"

Grupo descobriu que níveis muito altos ou muito baixos de uma proteína no útero estão ligados a infertilidade e abortos


Gravidez: pesquisa inglesa pode abrir caminho para realizar o sonho de muitos casais
Cientistas do Imperial College London, na Inglaterra, descobriram uma enzima que age como um "interruptor da fertilidade" e dizem que suas descobertas podem ajudar a tratar casos de infertilidade e aborto espontâneo, além de levar ao desenvolvimento de novos anticoncepcionais.

O estudo, publicado esta semana na revista Nature Medicine relata a descoberta dos pesquisadores: altos níveis de uma proteína chamada SGK1 estão ligados à infertilidade, enquanto que níveis muito baixos tornam a mulher mais propensa a ter um aborto espontâneo.
Enzimas são proteínas que catalisam, ou aumentam as taxas de reações químicas no corpo. Segundo Jan Brosens, que liderou o estudo no Imperial College e agora está atuando na Universidade de Warwick, os resultados sugerem que novos tratamentos para fertilidade e aborto espontâneo poderiam ser concebidos em torno da SGK1.
“Eu imagino que no futuro poderemos, quem sabe, tratar a camada que reveste o útero da mulher inundando-o com drogas que bloqueiam a SGK1 antes dela se submeter à fertilização in vitro”, disse ele em um comunicado.

“Outra potencial aplicação é usar o aumento dos níveis de SGK1 como um novo método de contracepção.”
A infertilidade é um problema mundial que, estimam os especialistas, afeta entre 9% e 15% das pessoas da idade fértil. Mais da metade dos afetados procura aconselhamento médico, na esperança de finalmente ser capaz de se gerar um bebê.
Uma em cada 100 mulheres que tentam engravidar tem abortos de repetição, uma condição definida como a perda de três ou mais gestações consecutivas. Neste estudo, a equipe de Brosen analisou amostras de tecido da camada que reveste o útero, doados por 106 mulheres que estavam sendo tratadas por infertilidade sem explicação ou por abortos recorrentes.
Aquelas com infertilidade inexplicada estavam tentando engravidar por dois anos ou mais, e os motivos mais comuns para a infertilidade haviam sido descartados. Os pesquisadores descobriram que o revestimento do útero nessas mulheres tinha altos níveis de SGK1, enquanto as que sofriam de abortos recorrentes tinham baixos níveis dessa proteína.
Em novos experimentos – estes feitos com ratos – a equipe descobriu que os níveis de SGK1 no revestimento do útero caem durante a janela fértil.
Quando os pesquisadores implantaram cópias extras de um gene SGK1 no revestimento do útero, as ratas eram incapazes de engravidar. Isto sugere uma queda nos níveis de SGK1 é essencial para tornar o útero receptivo aos embriões, reportou o grupo.

Os pesquisadores disseram que qualquer tratamento futuro contra infertilidade que bloqueie a SGK1 precisaria ter um efeito de curto prazo, uma vez que baixos níveis da proteína após a concepção parecem estar relacionados ao aborto.
“Baixos níveis de SGK1 tornam o revestimento do útero vulnerável ao estresse celular, o que poderia explicar por que níveis baixos de SGK1 foram mais comuns em mulheres que tiveram abortos de repetição”, disse Madhuri Salker, do Imperial College, que também trabalhou no estudo.
“No futuro, talvez possamos fazer biópsias da mucosa que reveste o útero e identificar anormalidades que possam aumentar o risco de complicações na gravidez, para começarmos a tratá-los antes da mulher tentar engravidar.”

Por que as mulheres sofrem mais com a ressaca

Hormônios femininos e menor concentração de líquido corporal dificultam absorção do álcool


Mulheres sofrem mais com a ressaca
As universitárias já bebem com a mesma frequência do que os homens que estão na faculdade, mas nelas os efeitos do álcool são piores.
Além de gerar dependência etílica mais rápido, a ressaca do dia seguinte à bebedeira também é mais nociva para o público feminino.

“Em qualquer idade, a mulher é mais afetada pelo álcool”, afirma a psiquiatra da USP e diretora do Centro de Informações sobre o Álcool (Cisa), Camila Magalhães.
“A constituição do organismo delas é diferente. Primeiro porque elas têm menos concentração de líquidos no corpo do que os homens, o que deixa o álcool menos diluído no organismo e por mais tempo em forma de etanol, o que intoxica todos os órgãos, em especial o fígado”, explica a médica.
Outro problema é que os hormônios femininos também influenciam no caminho do álcool dentro do corpo. “Em especial em algumas fases do ciclo menstrual, em que há aumento da progesterona (ovulação), a função hepática é comprometida”, diz Camila.
A dificuldade do fígado em trabalhar faz com que ele produza menos as enzimas responsáveis por fazer o álcool sair do corpo. O resultado? Não apenas no dia seguinte, mas por vezes ao longo de até 72 horas, as mulheres ficam com mais náuseas, dor de cabeça, sensação de boca seca e dores no corpo, quando comparadas ao público masculino.
“Isso faz com que elas se embriaguem mais rápido e também desenvolvam dependência química em uma fase mais precoce”, completa a diretora do Cisa.

Estas características da fisiologia feminina, inclusive, fazem com que os médicos utilizem padrões diferentes de consumo ideal de bebidas alcoólicas entre os dois gêneros. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os homens podem beber entre duas e três doses diárias de cerveja ou vinho e para elas o limite é de apenas uma dose.
Moderação
Apesar da constituição desfavorável à ingestão de álcool, as mulheres estão bebendo mais. Hoje 10% da população feminina bebe mais de quatro doses quando decide sair para beber, comportamento chamado na literatura especializada de “bebedora pesada”, mostraram os dados divulgados este ano pelo Ministério da Saúde. Em 2006, primeiro ano em que o estudo federal foi realizado, este índice feminino era de 8%. Quanto mais jovem, maior o consumo feminino. Na parcela entre 18 e 24 anos, 14,6% delas bebem desta maneira frente a 26,3% dos homens, diferença estatística de 12 pontos porcentuais. Já no grupo etário entre 30 e 45 anos, 30% dos homens são bebedores pesados contra 10,4% das mulheres, com 20 pontos de diferença.

No trabalho realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas e o Instituto de Psiquiatria da USP foi constatado que na universidade, as jovens bebem como os homens.
“A relação é de uma mulher bebedora pesada para cada homem que consome álcool desta maneira”, afirmou Camila Magalhães, que participou do levantamento feito com sete mil pessoas, matriculadas em 12 universidades públicas e privadas de todo País.

Maquiagem pode melhorar a reputação profissional

Pesquisa aponta que mulheres maquiadas são consideradas mais competentes. Confira as dicas para acertar no dia a dia


Mulheres maquiadas são consideradas mais competentes

Uma maquiagem bem feita pode beneficiar não só a autoestima de uma mulher. Segundo uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Boston, profissionais adeptas do batom e da sombra transmitem mais competência que as de cara lavada. Um look bem feito aumenta também a confiabilidade da profisisonal.

O estudo, encomendado pela empresa Procter & Gamble – que vende cosméticos de marcas como Covergirl e Dolce & Gabbana -, analisou fotos de 25 mulheres com três opções de maquiagem: "natural", "profissional" e "glamurosa". Elas foram consideradas mais competetentes nas imagens em que estavam com olhos mais marcados e boca pintada. No total, 268 homens e mulheres compartilharam impressões sobre as fotos para chegar ao veredito.

Richard Russel, professor de psicologia da Gettyburg College, se diz surpreso com o resultado positivo do look mais glamuroso. "Se eu chamar a atenção para uma mulher muito competente como, digamos, Hillary Clinton, eu não acho que ela esteja usando um monte de maquiagem. Mas como ela está sempre em destaque, pelo que eu sei deve estar com bastante maquiagem sim”, afirma.

Mas a maquiagem mais pesada não é unânime entre os avaliadores. Segundo um dos pesquisadores, Professor Etcoff, o look faz a mulher ficar muito atraente em um primeiro impacto, mas quando as pessoas ficaram olhando para ela por mais tempo relataram uma confiança menor na profissional.

"Há momentos em que você quer dar um ar de poderosa: 'eu estou no comando aqui’. E as mulheres não devem ter medo de fazer isso. Outras vezes, você quer passar uma imagem mais equilibrada, um apelo mais colaborativo.", diz Sarah Vickery, uma das autoras da pesquisa. Ela sugere tons mais leves e sem brilho para o ambiente profissional.

Vaidade com cautela
Para garantir que a maquiagem ressalte a competência profissional é preciso bom senso na combinação - mesmo nas profissões que pedem um look mais carregado, como vendedoras e aeromoças. “É melhor evitar brilho e iluminadores, sombras muito chamativas, lápis e máscaras coloridas e batons escuros, tipo ameixa”, ensina Rosman Braz, beauty stylist do salão Marcos Proença.

O look sofisticado ainda é o mais recomendado para o ambiente corporativo: quanto mais “clean” o visual, melhor. “A pele deve estar no tom natural e com blush discreto. Ela pode fazer um olho levemente esfumado em tons de marrom ou bege, passar um delineador médio e evitar o lápis preto”, sugere o maquiador José Sarkis, do salão Vimax Beauty. Nos lábios também vale a simplicidade: “Um batom rosado ou um gloss e ela está pronta”.
Separamos dez dicas acertar a maquiagem no trabalho. Confira:

- Evite sombras coloridas, cintilantes ou com brilho.

- Não exagere na combinação de cores. “Marrom com rosa claro fica legal, assim como grafite com lilás ou pêssego com verde musgo”, indica Rozman.
- Abuse da máscara de cílios preta para marcar o olhar. A transparente também é opção para uma produção mais leve.
- Prefira o lápis de olho marrom, que fica mais suave. “O preto pode escorrer e te dar uma olheira de brinde ao longo do dia”, explica Sarkis.

- Cuidado com o bronze! Não adianta ficar com o rosto diferente da cor natural do colo.
- O delineador é aceitável se o traço for fino, nada de estilo roqueira.

- Blush rosinha ou alaranjado combinam mais com o ambiente corporativo. Aplique em movimentos circulares e não deixe marcado.

- Batons rosa, nude e vermelho em tom fechado fazem sucesso. “Não use cores exóticas na boca. Roxo ou amarelo nem pensar”, diz Sarkis.
- Deixe a pele leve e uniforme. Excesso de base ou pó deixa o visual artificial.
- Não combine a maquiagem com a cor da roupa. ”Claro que tem que levar a roupa em consideração, mas a mulher não precisa sair toda de azul porque é a cor da blusa”, diz Sarkis.

Gordura trans: ruim para mãe e bebê

Mães que comeram regularmente gordura trans durante a gravidez tiveram bebês maiores, mostra estudo


Mais risco: alimentação rica em gordura trans pode gerar bebês maiores

Grávidas que consomem gorduras trans em salgadinhos, biscoitos recheados, fast-food e outros tipos alimentos pouco saudáveis têm mais propensão a dar à luz bebês maiores, de acordo com um recente estudo realizado nos EUA.

O estudo, publicado no Jornal Americano de Nutrição Clínica, foi feito com 1.400 grávidas e constatou-se que, quanto maior a ingestão de gorduras trans – que aumentam o colesterol LDL, conhecido como colesterol “ruim”, e diminui os níveis do colesterol HDL, benéfico ao coração – durante o segundo trimestre de gravidez, maior foi o recém-nascido.

O estudo não prova que apenas a gordura trans é capaz de impulsionar o crescimento fetal e, mesmo que fizesse, não haveria como saber o quão prejudicial ela poderia ser ao bebê. Mas existem riscos associados a ter um bebê maior do que o normal, disse a pesquisadora Juliana Cohen, da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston (EUA).

Bebês grandes precisam ser retirados do útero materno por meio de cesarianas e estudos já mostraram que eles podem ter um risco aumentado de diabetes e doença cardíaca mais tarde na vida, Cohen acrescentou.

“É prudente limitar o consumo de gorduras trans na dieta de qualquer maneira”, disse ela.

As gorduras trans são encontradas em alimentos que contêm óleos parcialmente hidrogenados, incluindo muitos alimentos embalados, assados e fritos, como batatas fritas, bolachas e biscoitos, assim como boa parte das opções de fast-food.

Algumas carnes e produtos lácteos contêm gorduras trans naturais, mas as pessoas acabam comendo a maior parte dessas gorduras da forma artificial – hoje alguns produtores de alimentos e restaurantes têm reduzido ou cortado o uso de gorduras trans por conta da péssima publicidade em torno dela.

O mais recente estudo baseou-se em mulheres da região de Boston, que deram à luz seus bebês entre 1999 e 2002. As mulheres preencheram questionários alimentares durante o seu primeiro e segundo trimestres de gestação.

A relação entre a maior ingestão de gordura trans e tamanho do bebê ao nascer se manteve mesmo quando os pesquisadores levaram em conta fatores como peso corporal antes da gravidez, renda, educação e ingestão de calorias.

Eles calcularam que para cada aumento de 1% de gordura trans em relação ao consumo de carboidratos na dieta diária da gestante, o crescimento fetal do bebê avançou ligeiramente.

Infelizmente, acrescentou Cohen, esses tipos de alimentos são, muitas vezes, os que as mulheres mais desejam durante a gravidez.

Como pedir demissão corretamente

Mesmo com emprego garantido em outro local, não se descuide e mantenha a postura profissional até o último instante


Luciana se tornou amiga da gestora. Na hora de pedir demissão foi sincera e ganhou o apoio da chefe
Diz o ditado que a primeira impressão é a que fica. Quando o assunto é mercado de trabalho, porém, pode-se dizer que a "última impressão" também é fundamental. Todo cuidado é pouco na hora de pedir demissão. Não é porque surgiu uma oportunidade de trabalho mais interessante - seja do ponto de vista profissional, financeiro ou mesmo pessoal - que vale descuidar da imagem na hora de se desligar de uma empresa. Mas existe uma forma correta de pedir demissão? Como sair de um emprego sem fechar as portas?

10 CUIDADOS NA HORA DE PEDIR DEMISSÃO
"Uma carreira é muito mais do que a posição ocupada e o salário recebido no momento presente, é algo que se constrói ao longo da vida. Por isso, não se deve enxergar apenas os ganhos a curto prazo; na hora de mudar de emprego é muito importante deixar uma boa imagem na empresa anterior ainda que seja para tê-la sempre como referência", frisa Roberto Gandara, consultor em desenvolvimento de pessoas da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com ele, o mercado de trabalho está diretamente relacionado às redes de contato estabelecidas ao longo da carreira. "Ter bons relacionamentos faz toda a diferença e é imprescindível para um bom profissional. Sendo assim, é preciso ter consciência de que o mundo dá voltas, uma vez que não se pode prever o amanhã. E se no futuro você precisar voltar para o emprego anterior? ".


Gratidão, honestidade e disposição
Para Eliane Franco Figueiredo, diretora da Projeto RH, empresa especializada em Recursos Humanos, na hora de comunicar o desligamento de uma organização o profissional deve sempre procurar seu chefe imediato para uma conversa. "O primeiro passo é agradecer pela oportunidade e pelos aprendizados proporcionados pela função até então desempenhada dentro da empresa", diz. Em seguida, deve-se expor os principais motivos que o levaram a tomar a decisão. "Podem ser inúmeras razões, desde a oferta de um cargo mais desafiador até uma proposta de salário mais atraente. O que muitas pessoas precisam lembrar é que este não é um momento de lavar roupa suja, discutindo situações passadas".


Por último, é importante colocar-se à disposição da empresa para finalizar projetos em andamento e "passar o bastão" para o profissional que ocupará sua função. "Por mais que o novo empregador diga que precisa do funcionário recém-contratado o mais urgente possível, é necessário negociar com todas as partes envolvidas durante o período de transição", ressalta Eliane. Ela afirma que expor que você precisa de um determinado tempo para finalizar projetos que já estão em andamento no emprego anterior e passar as coordenadas e informações para seu substituto pode, inclusive, causar uma boa impressão para o futuro chefe, uma vez que ele perceberá que está contratando um profissional responsável e sério com os compromissos assumidos anteriormente. "Consequentemente ele concluirá que também não corre o risco de ser abandonado abruptamente por este mesmo profissional amanhã.”

Portas sempre abertas

A publicitária Luciana Sato conta que trabalhou em uma empresa de cosméticos entre 2004 e 2008. "Eu já era consultora antes de entrar para a empresa, ou seja, vendia os produtos e tinha muito interesse pela marca. Quando decidi entrar de fato para o time foi maravilhoso: estar lá dentro me possibilitou inúmeros aprendizados”, afirma. “Trabalhei em várias funções e me tornei muito próxima da minha gestora, ficamos amigas”.
Depois de quatro anos, no entanto, Luciana recebeu uma nova proposta de trabalho. "Outra empresa me convidou para ocupar um cargo de destaque e isso acrescentaria muito para minha carreira. Então o que fiz foi chamar a minha gestora para uma conversa e abrir o jogo. Ela, por incrível que pareça, foi a primeira a me apoiar. Aliás, na minha opinião, o bom gestor é aquele que reconhece e incentiva seu subordinado em momentos como esse, quando surgem oportunidades valiosas e promissoras para seu desenvolvimento profissional”. O desligamento de Luciana foi conduzido de forma tão tranquila que até hoje a publicitária presta serviços para a empresa.

Blefar, jamais!
Miguel Caldas, autor do livro "Demissão: Causas, Efeitos e Alternativas para Empresa e Indivíduo" (Editora Atlas), destaca que muitos profissionais utilizam o pedido de demissão como um recurso para atrair novas propostas dentro da própria empresa. "O indivíduo só deve comunicar o seu desligamento se estiver 100% decidido de que quer deixar o trabalho, jamais arquitetando uma possível contraproposta”, ressalta. “Isso porque esse tipo de comportamento pode comprometer sua carreira futuramente na organização”. Assim, usar a demissão como uma alavanca pode ser interpretado como blefe.
Para ele, caso o profissional esteja buscando reconhecimento profissional ou financeiro dentro da empresa, deve batalhar enquanto ainda é funcionário: "O pedido de demissão só deve ser feito depois que se esgotaram todas as possibilidades e, de fato, houver uma proposta mais atraente em outra instituição". Rodolpho da Silva Souza, mestre em Planejamento e Desenvolvimento Profissional e professor de Gestão de Pessoas no Centro Universitário Leonardo da Vinci, acrescenta que, caso uma contra-proposta seja feita, é preciso ter certeza do que realmente se deseja: “Esteja convicto de que não quer mais fazer parte da empresa, pois se aceitar e se arrepender depois, a situação pode deixa-lo mal”.

O gerente de projetos Fernando Mortara vivenciou recentemente uma situação delicada na hora de pedir demissão. "Passei um ano dentro de uma empresa desenvolvendo um projeto de tecnologia, no entanto, estava apenas alocado pois era funcionário de uma prestadora de serviços”, lembra. A questão é que a própria empresa quis me contratar”.

Mortara explica que esse tipo de "assédio" de empresas compradoras de serviços com profissionais "alugados" de empresas terceiras é muito comum no mundo corporativo. "Não é um comportamento muito aceitável, porém acontece com frequência. Por isso, assim que recebi o convite fui conversar com meu gestor e expliquei a situação. Ele foi muito receptivo e chegou a dizer que não faria uma contraproposta porque sabia que eu não estava especulando e que se me oferecesse um aumento de salário naquele momento talvez eu me perguntasse o porquê de a empresa não ter me reconhecido anteriormente".
Sem deslizar nos últimos passos
Cumpra o aviso prévio. “Não cometa o erro que muitas pessoas cometem de pedir demissão e, já no outro dia, não aparecer na empresa”, diz Rodolpho de Souza. “Lembre-se que a demonstração de não comprometimento com a antiga empresa pode até fechar portas para novas oportunidades”. Não fale em dinheiro e não fale mal de ninguém: “Falar mal de quem lhe deu uma oportunidade não é legal; seja maduro e respeitoso. Saiba que é só uma quebra de contrato”. Souza aconselha a pessoa a sair pela porta principal, procurando sempre não deixar nenhum mal entendido. “Mostre que você é, antes de qualquer coisa, um profissional”. Dessa forma, todos saberão que você está aberto e procura novos desafios, e por essa razão está agora se desligando da empresa.
Caso a empresa ou algum funcionário demonstre insatisfação com o pedido de demissão, a dica é manter a posição e conduta de bom profissional até o fim. “Não arme o ‘barraco’”, brinca Souza.